sábado, 31 de janeiro de 2015

Os Caminhos da Floresta - Cuidado com o que deseja

Esse post eu fiz originalmente para o portal Be Style e como o filme trata de contos de fadas, podemos falar dele por aqui.
O link original é este aqui

Com humor ácido e final surpreendente, Caminhos da Floresta é para todos os públicos

Do diretor de musicais como Chicago e Nine e produzido pela Disney, Caminhos da Floresta é uma adaptação do musical homônimo da Broadway.
O filme é uma grande mistura de histórias clássicas como Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, Rapunzel e João e o Pé de Feijão. Interligando essas histórias está o casal que não consegue ter filhos e a bruxa que pode desfazer o feitiço.


A história se apresenta divertidíssima até certo ponto com nuances de um humor ácido que se leva um certo tempo para acostumar.
A trama principal do casal sem filhos não é apresentada logo no ínicio, então demoramos para identificá-la, deixando uma impressão de que as outras histórias não são bem desenvolvidas.
Depois do “felizes para sempre”, o roteiro me surpreendeu muito levando a história para um lado mais realista de toda aquela confusão do feitiço. Acontecem coisas atípicas de contos de fadas e os personagens que ficaram sozinhos se unem formando uma nova família, muito comum nos dias atuais. O final tem um tom reflexivo focando muito na frase "Cuidado com os desejos que você faz", fazendo um contraponto com a música inicial em que todos dizem o que desejam.
As canções fluem com naturalidade sempre acrescentando argumento à história, mas não há nenhuma que você vai querer baixar para escutar todos os dias. São músicas bem repetitivas típicas de musicais.
A floresta, muito bem construída esteticamente, é quase um personagem no filme, pois é onde todos se encontram e é o lugar mágico onde tudo acontece.


Captura de Tela 2015-01-26 às 14.30.28.png


O destaque vai para a interpretação de Meryl Streep que, na minha opinião, se torna mais fraca do meio para o final final do filme. A atriz está indicada para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. A aparição de Johnny Depp como o lobo mau também é muito marcante, mas muito rápida.



Uma cena que também merece atenção é o duelo dos príncipes que se comportam com rockstars medievais.


O filme pode ser considerado para todos os públicos e não apenas para os amantes de musicais e o público infantil. Tem cenas que arrancam boas risadas e um final para refletir sobre o clássico felizes para sempre.

No Oscar, o filme também está concorrendo Melhor Design de Produção e Melhor Figurino.

Diretor: Rob Marshall
Produtores: Rob Marshall, John DeLuca, Marc Platt, Callum McDougall
Roteiro de: James Lapine
Baseado na peça musical de: Stephen Sondheim e James Lapine
Estreia: 29 de janeiro de 2015.

Além de tudo isso que escrevi para o Be Style, vale comentar os figurinos (que está concorrendo ao Oscar) e cenários.



Não tem como não se apaixonar por esses vestidos e penteados de princesa medievais. Um pouco estranho a Cinderela não ser loira de vestido azul e sapatinho de cristal, mas mesmo assim o figurino é lindo. Até mesmo as roupas do padeiro, sua esposa e de João, que são personagens mais pobres, são maravilhosos e cheios de detalhes. Super merecida a indicação.
E os príncipes que são quase rockstars dos anos 80 com esses cortes de cabelo e essas jaquetas. Com certeza vai rolar muita fantasia de halloween imitando esses figurinos.








Outro figurino que eu também adorei foi o da Chapeuzinho Vermelho. Um look um pouco diferente do que conhecemos com a capa vermelha repaginada e o vestido azul.

Mas definitivamente o preferido é o da bruxa quando vira diva!
Meryl Streep com esse cabelo azul lindo e esse vestido arrasador. Não tem como não gostar.



O filme estreou está em cartaz e super vale a pena assistir no cinema pelos efeitos e pelo som.
Então, cuidado com o que deseja!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

100 anos de beleza e 3000 anos de padrões estéticos

Com essa tendência de fazer lista de tudo (Buzzfeed que tanto amamos), percebi que tem surgido também uns vídeos com "listas" de penteados, makes e looks e principalmente separados por décadas.

O canal Cut do YouTube tem 3 vídeos assim. O primeiro que fez um mega sucesso foi com uma garota branca mostrando penteados e makes. O segundo é do mesmo jeito mas para cabelo afro. E o terceiro é uma comparação dos 2 vídeos.



O que eu mais gostei:
com certeza do cabelo anos 30 mas acho que faltam mais daquelas ondinhas bem na testa e talvez o lugar desse look fosse nos anos 20.

O mais bizarro:
anos 90. E todas realmente queriam o cabelo mais liso de todos naquela época.

O que podia melhorar:
as makes. Ele podiam ter exagerado um pouco mais nas makes porque as mudanças foram muito sutis.




O que eu mais gostei:

o cabelo de 2010. Acho lindo esse cabelo crespo quase o black power dos anos 70 mas com uma leve ajeitadinha.

O mais bizarro:
anos 60. Tentaram imitar uma franja lisa, mas acredito que naquela época essa não era a tendência mais forte entre as negras.

O que podia melhorar:
também as makes. Sei que as negras normalmente apostam numa pele mais natural, mais podiam ter carregado mais nos olhos.




Esse vídeo de comparação é interessante para ver principalmente as semelhanças nos penteados que podem ser feitos mesmo em tipos de cabelos muito diferentes.



Esse último vídeo foi publicado essa semana pelo Buzzfeed e mostra 3000 anos de padrões de beleza.

O que eu mais gostei:
acho o corpo dos anos 80 o mais bonito e saudável e o que mais gostei da estrutura do vídeo é detalhar as principais características de cada corpo.

O mais bizarro:
não concordei com alguns padrões principalmente pelos corpos. Concordo que até o século XIX os corpos mais cheinhos eram super valorizados, mas discordo do corpo colocado como da Golden Age comparado com a diva Marilyn Monroe. Era uma época de muitas curvas sim, mas não acima do peso. Além disso, achei os corpos das décadas de 60 e 90 muito magros. Mesmo em tempos em que todas queriam ser super magras, todos sabiam que não era saudável a não ser que seja genético (meu ponto de vista).

O que podia melhorar:
Além desses biotipos que não concordei, acho que as descrições podiam ficar mais tempo porque não consegui ler nem metade.

Enfim, gosto muito de listas e quando comparam décadas acho incrível porque podemos ver exatamente as evoluções e até mesmo as influências históricas na moda e beleza, mas isso fica pra outro post.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O Grande Hotel Budapeste e o tanto que gosto de Wes Anderson

O filme conta as aventuras de Gustave H, um lendário concierge do famoso hotel Budapeste, no período entre as duas guerras mundiais. 
Gustave herda um valioso quadro da Madame D., antiga hóspede do hotel, o que desagrada os filhos da Madame.
A trama mostra as confusões causadas por Gustave e Zero Moustafa, o Lobby Boy, por esconderem o quadro.
O que mais me surpreendeu nesse filme foi a violência satirizada. Coisas absurdas acontecem, como de costume nos filmes do diretor, mas neste há o elemento violência bem mais presente, o que dá um tom bem mais satírico ao filme. Confesso que no começo do filme fiquei um pouco horrorizada, mas logo comecei a rir.



Vamos ao que tem de vintage no filme!
Eu particularmente adoro os filmes do Wes Anderson principalmente pela estética vintage mas muito particular do diretor.
Os cenários e figurinos são muito bem elaborados e representam bem a estética da época com o a identidade visual inconfundível de Wes Anderson. 
É um diretor que eu admiro muito por fazer a relação perfeita entre a história, estética e interpretação dos atores.
Mesmo em um filme super marcado pela década de 30, o filme possui um estética única.
Eu estudei cinema e a estética é algo que eu valorizo demais em um filme. Para mim, você tem que olhar um frame e poder identificar a qual filme ele pertence. E na minha opinião, Anderson é o diretor da atualidade que tem a identidade visual mais forte e bem desenvolvida.
Sua identidade se dá pelas presença de muitas cores, variando entre tons mais saturados e tons pastéis; seus famosos quadros simétricos; e claro, os maravilhosos figurinos de época.



O que mais gosto de O Grande Hotel Budapeste é definitivamente a estética do universo de Agatha, a menina dos doces da Mendl's. Os tons pastéis de rosa e azul são lindos e suas roupas e cabelo perfeitos para a personagem. A parte externa do hotel também tem os mesmos tons de azul e rosa, dando uma aparência delicada à fachada, muito diferente do interior que carrega tons de vermelho (o que claramente tem a ver com o tanto de sangue que rola no filme).




Enfim, recomendo a todos assistir toda a filmografia de Wes Anderson porque as histórias são divertidíssimas e sempre com essa estética maravilhosa e impecável.
Quando o descobri, cheguei a assistir todos os filmes dele em duas semanas de tão maravilhada que fiquei. 



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A Turma do Vintage dos Golden Globes

Sei que já faz um tempinho que passou, mas não pude deixar de notar os looks inspirados no vintage do tapete vermelho dos Golden Globes.


Amal Alamuddin: Toda clássica nas luvas brancas, mas acho que poderiam estar mais ajustadas. As luvas largas deixaram Amal parecendo mais magra ainda.



Reese Witherspoon: Adorei a cor do vestido e o cabelo ondulado de lado. Dica: esse modelo é ótimo para quem tem seios pequenos.


Keira Knightley: Os babados deixa óbvia a referência aos anos 30/40 mas acho que a escolha foi completamente infeliz. Desculpa Chanel, não foi dessa vez.


Melissa Mccarthy: Achei lindo esse modelo! Principalmente esse laço do pescoço com brilho e a parte inferior preta super disfarçou as gordurinhas. 


Ellie Kemper: A flapper do tapete vermelho! Com certeza tem muito de anos 20 nesse vestido. De longe o meu preferido. Estou aceitando de presente.


Greer Grammer: Vestido lindo e super delicado com essas aplicações que nos levam direto para os anos 30. Uma graça!


Anna Faris: com um modelo mais reto e nude também com aplicações estilo anos 30. Achei a combinação sapato, vestido e cabelo perfeita.


Esses foram os principais looks com referências vintage, claro que vários outros podem ter essa temática também. Lembrando que isso não passa da minha mera interpretação e gosto pessoal.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Fotografia: Dupla exposição

Eu sou apaixonada por fotografia analógica (ainda vou falar muito disso por aqui) e ano passado escrevi esse post para o Lomogracinha, um blog maravilhoso e super fofo sobre fotografia.

O que é dupla exposição?
É aquela mágica de bater duas fotos no mesmo fotograma (na mesma parte da película). A maioria das lomos fazem isso (e mesmo quando não fazem, dá pra dar um jeito) e normalmente é só bater duas vezes sem rodar o filme.
Quando descobri a dupla exposição, logo pensei “Nossa! Dá pra fazer várias coisas incríveis!”. E dá mesmo! Só não podemos esquecer que como o filme vai ser exposto duas vezes, vai entrar o dobro de luz do que o normal. Uma dica: quanto mais baixo for o iso do seu filme, melhor para sua dupla exposição. Então aí estão algumas coisas que “não deram certo” (claro que tudo depende do efeito que você quer):

Esqueci de rodar o filme e ficou muita informação na mesma foto
As duas fotos tinham céu, então ficou quase tudo branco

Pra fazer uma dupla exposição de sucesso temos que pensar sempre no seguinte: fotografar coisas escuras é “quase” a mesma coisa de não expor o filme. Então, pra segunda foto, a parte que não foi exposta (ou foi exposta com um objeto escuro) é como se fosse uma tela em branco. É lá que você deve tentar colocar as informações da segunda foto. E o contrário também é verdade: se a segunda foto for por cima de partes muito expostas (coisas brancas), a foto quase não vai aparecer. Algumas dicas de efeitos incríveis que você pode fazer com múltiplas exposições:

O mesmo objeto no mesmo ângulo mas em distâncias diferentes

A mesma foto tirada com a câmera normal e depois de cabeça para baixo (Foto: hodachrome)
A mesma foto tirada com a câmera normal e depois de cabeça para baixo

Duas fotos quase iguais dando a impressão de movimento (Foto: Willian Santiago)

Essa foi a dupla exposição mais sortuda da minha vida (olha o fusca no farol do fusca!)

Colocando o Rio Sena na silhueta da Torre Eiffel

Silhuetas com texturas (Foto: Bruno Massao)

Você também pode bater um filme inteiro só com silhuetas, por exemplo, e depois bater texturas (flores, nuvens, chão, etc) por cima. Uma alternativa para câmeras que não fazem dupla exposição.
É possível criar várias imagens com essa técnica experimentando vários filmes, câmeras, flashes, basta lembrar algumas regrinhas básicas de iso, exposições mais escuras primeiro e se divertir!

Para ver a publicação original clique aqui.





sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Look do Dia: Flowers and wine lips




Eu adoro misturar influências vintage com a moda atual.
Essa estampa floral é considerada vintage e os sapatos também que eu já falei nesse post aqui.
Eu tenho usado muito preto ultimamente, que na minha opinião dá um ar mais moderno, já que é a cor que nunca sai de moda e as grandes marcas nunca se cansam de investir nela.
O coque alto é influência dos anos 50, só que muito mais simplificado (e que na verdade só tenho usado porque anda fazendo muito calor).

Sobre o Lookbook.nu:
Acho uma plataforma super legal, posto lá de vez em nunca, mas sempre scrolling e dando hype no que eu mais gosto.

Recebidos: 1 sucesso e 2 decepções

A regra geral é a seguinte: vai comprar online? Gaste pouco!

Eu adoro comprar roupas na internet. Sei é sempre arriscado porque não dá pra experimentar e tal, mas normalmente dá certo e sai muito mais barato que comprar no shopping.

Vou mostrar 3 peças que chegaram pra mim essa semana. Duas são da Asos e os sapatos são do Aliexpress.

Foi a primeira vez que comprei na Asos e confesso que me arrependi um pouco. As roupas são lindas, você fica completamente apaixonada mas não é barato. Primeiro porque é em libras e segundo porque você tem que pagar cerca de 110% de impostos. Quando comprei já sabia dos impostos, mas achei que valia a pena mesmo assim porque ainda sairia um valor parecido com o da Zara por exemplo.

Vamos para as peças!




Esse vestido da Asos custou 11 libras sem os impostos. Adorei pelo modelo anos 40. A estampa, apesar de vintage dá um ar mais moderno, o que eu adoro.

Prós:
- Demorou 15 dias pra chegar.
- A estampa é linda e o corte é perfeito. Destaque para o decote que eu amei.





Contras:
- O tecido é quente apesar de ser um vestido de verão.
- Eu segui as medidas descritas no site mas mesmo assim ele ficou grande.
- Ele é muito mais comprido do que parece nas fotos do site.




Esse shorts da Asos custou 9 libras sem os impostos. Eu adoro shorts cintura alta, mas não estava achando um shorts assim nas lojas daqui, então achei que seria uma boa aquisição. Ele é bem alto e de veludo. Exatamente o que se usava nos anos 80.

Prós:
- Demorou 15 dias pra chegar.
- A cintura dele é bem alta.
- O corte é exatamente o que eu estava esperando.

Contras:
- Também segui as medidas descritas no site mas mesmo assim ele ficou grande.

Eu sei que o site oferece reembolso e tal, mas acontece que eu gostei das peças e tenho dó de devolver. Enfim, acho que vou mandar pra costureira e ver no que dá.
Resumindo: vou ter que gastar mais dinheiro ainda, então não valeu a pena.



Esse sapato custou 20 dólares e não tive que pagar imposto.

Prós:
- É lindo.
- Foi relativamente barato.
- Serviu perfeitamente.
- É exatamente igual às fotos do site.

Contras:
- Demorou 1 mês e meio pra chegar.
- Provavelmente não vai durar muito.
- Provavelmente vai machucar meu pé (mas qualquer coisa machuca, então tanto faz).

Achei o sapato uma gracinha. Todo inspirado nos anos 80/90 mas com um toque moderninho. Lembra os famosos creepers dos anos 90, mas um pouco mais delicado. Com certeza vou usar até ele acabar, já que estou numa fase de usar bastante preto.

Então é por isso que eu acho que sempre vale mais a pena comprar alguma coisa muito barata. Se não der certo você pode mandar arrumar, dar de presente ou até vender pra outra pessoa.

ATUALIZAÇÃO

Acabei mandando para a costureira as peças que ficaram grandes e gastei mais 25 no vestido e 15 no shorts. Ainda acho que não valeu a pena, mas pelo menos agora posso usar já que gostei muito das peças.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Como surgiu o Like Old Times



Tudo começou quando eu saí do meu emprego em uma produtora de vídeo.  No mesmo mês eu estava me formando na faculdade de Audiovisual, então logo não teria mais nada para fazer. Então resolvi gravar e editar uns vídeos sozinha em casa para não perder a prática e para conhecer alguns softwares que eu não dominava muito bem. 

Conversando com meu namorado, a gente pensou: Por que não fazer um canal no YouTube? 
Tivemos milhares de ideias até que chegamos no Like Old Times.

Nós gostamos de coisas antigas, coisas inspiradas em coisas antigas, coisas novas misturadas com coisas antigas e é sobre isso que falaremos e mostraremos em vídeo também.

Música, cinema, moda, beleza, fotografia, dança, carros, culinária, tecnologia, turismo, tudo isso Like Old Times and because we Like Old Times.